E SE EU NÃO FOR CAPAZ DE DAR UM FILHO Á PESSOAS QUE ESTÁ COMIGO?

E SE EU NÃO FOR CAPAZ DE DAR UM FILHO Á PESSOAS QUE ESTÁ COMIGO?

Esta é uma das muitas preocupações que assombram a vida das mulheres que estão no caminho da fertilidade.

Por muito que queira, há perguntas para as quais não tenho resposta, mas posso ajudar-te a procuraresa resposta dentro de ti mesma.

Eu própria, quando percorria o mesmo caminho que tu percorres hoje, levantei esta questão muitasvezes, e sei que é uma das questões mais difíceis de gerir emocionalmente.

Sentir que falhamos e que desfraldamos não apenas os nossos sonhos e expectativas, mas também os sonhos e expectativas daqueles que mais amamos, abre uma ferida dentro de nós que pode levar tempo a ser curada.

A principal questão que te levanto e gostaria que investisses algum tempo a pensar nela é:

"QUEM SÃO VOCÊS PARA ALÉM DO DESEJO DE TER UM FILHO"

Quem eram vocês antes de decidirem, em conjunto, avançar para este projecto de parentalidade?

O que vos movia?

O que faziam em conjunto?

O que vos apaixonava?

Que valores admiravam um no outro?

O que vos fez ficar juntos?

O que têm feito para cuidar da vossa relação?

Parar de forma consciente, para responder a todas estas questões, vai ajudar-te a perceber que, embora o sonho de ter um filho seja muito importante para vocês enquanto casal, vocês os dois são muito mais para além disso.

Sentir isso é maravilhoso e reconfortante!

Reduzir a vossa história, exclusivamente, a este sonho é desvalorizar tudo aquilo que são e que têm sido, para além disso.

Este caminho traz grandes desafios numa relação, mas quando o casal é capaz de fazer este exercício de se lembrar daquilo que os une para além do sonho de ter um filho, a  relação tende a ficar mais segura e fortalecida.

A minha sugestão é que, no teu conforto, agarres num papel e numa caneta e respondas, calmamente, a estas questões.

Em seguida, pega na tua agenda e reserva uma data só para vocês!

Pensa em algo que vos apaixonava e que já não fazem há algum tempo.

Pode ser um fim de semana a dois, uma massagem conjunta, uma ida ao cinema, um piquenique à beira mar, um desporto radical, qualquer coisa serve, desde que vos traga memórias daquilo que a rotina, muitas vezes, nos faz esquecer.

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